domingo, 5 de junho de 2011
Doenças causadas por Protozoários
Disenteria ou Amebíase:
Parasita - Entamoeba histolyticaSintomas - Dores abdominais, diarréia, náuseas, etc.
Transmissão - Água e alimentos contaminados
Tricomoníase:
Parasita - Trichomonas vaginalisSintomas - Homem - Uretite
Mulher - Prurido, edema, leucorréia
Transmissão - Relações sexuais, objetos contaminados
Giardiáse:
Parasita - Giardia lambliaSintomas - Cólicas, náuseas, diarréia, etc.
Transmissão - água e alimentos contaminados
Leishmanioses:
1- Úlcera de BauruParasita - Leishmania brasiliensis
Sintomas - Ulcerações naso-buco-faringo-laringeana
Transmissão - Transmitida mosquito Phlebotomos
2- Botão do Oriente
Parasita - Leishmania trópica
Sintomas - Ulcerações cutâneas
Transmissão - Transmitida pelo mosquito Phlebotomos
3- Mal de Kalazar
Parasita - Leishmania dono vani
Sintomas - Ataca o fígado, rins, etc.
Transmissão - Transmitida pelo mosquito Phlebotomos
Doença do Sono ou Tripanossomíase Africana:
Parasita - Tripanossomo gamiensSintomas - Letargia, sonolência, ataca o sistema nervoso central, anemia (morte)
Transmissão - mosca tsé-tsé
Tripanossomíase Americana ou Doença de Chagas: (não tem cura)
Parasita - Trypanosoma cruziSintomas - Cardiomegalia, hipotensão, (morte)
Transmissão - Triatoma (barbeiro)
Malária ou Impaludismo ou Febre Malita:
Parasita - Plasmodium (gênero)Sintomas - Acessos de febre, calafrios, anemia
Transmissão - Anopheles
Os esporozoítos entram na nas células hepáticas, onde se tornam merozoítos por esquizogonia, por sua vez, os merozoítos podem se transformar em gametócitos ou penetrar nas hemácias. Caso eles entrem nas hemácias, transformam-se em trofozoido e por esquizogonia, transformam se em novos merozoítos, o que leva a plasmoptíase da hemácia (rompimento).
Quando as hemácias se rompem, levam herozoína, e essa substância causa a febre.
No mosquito, o ciclo se dá da seguinte forma: os gametócitos se transformam em gametas, por reprodução sexuada, que sofrem fecundação dando origem ao zigoto, esse por sua vez sofre reprodução por esporogonia e se transforma em esporozóitos.
O homem é o hospedeiro intermediário e a reprodução assexuada do esporozoíto ou do trofozoido no mesmo, é denominada esquizogonia. Já o mosquito (Anopheles) é o hospedeiro definitivo e a reprodução assexuada do zigoto no mesmo é chamada de esporogonia.
Reprudução
A reprodução na maioria dos protozoários é assexuada e faz-se por simples divisão da célula mãe em duas células filhas, ao longo de um plano longitudinal ou transversal, ou ainda, por gemação. Outros sofrem múltiplas divisões e alguns apresentam reprodução sexuada que pode ser por singamia ou por conjunção. No primeiro caso os dois indivíduos fundem-se completamente um com o outro e comportam-se como se fossem gâmetas; no segundo os dois indivíduos participantes, que então se chamam conjugantes, unem-se transitoriamente, estabelecem uma ponte citoplasmática entre ambos e através dela trocam material do núcleo. Os protozoários encontram-se presentes na maioria dos meios do planeta desde que disponha de uma quantidade mínima de líquido através do qual possam deslocar-se. Constituem o elemento primário do plâncton (zooplâncton) o qual, juntamente com o formado pelos organismos vegetais (fitoplâncton) é a base das cadeias tróficas oceânicas. Sendo o primeiro passo da pirâmide ecológica, é deles que depende a existência de todos os outros animais marinhos. A sistemática desses organismos é complexa, dado que há muitas dúvidas sobre as suas origens e relações, e além disso, nos grupos mais primitivos, os limites que o separam de outros reinos não são bem definidos. No entanto, admitem-se, de uma maneira geral, quatro grandes grupos de protozoários : os zooflagelados, os rizópodes, os esporozoários e os ciliados, mantendo os dois primeiros estreitas relações de parentesco.
Curiosidades
São unicelulares como as bactérias, mas possuem (assim como as células de plantas e animais) organelas, que ajudam a processar nutrientes e gerar energia, como minúsculos pulmões, estômagos e outros órgãos.Existem protozoários visíveis, de até 2 milímetros. Outros são mil vezes menores. O maior assassino entre microorganismos é um protozoário: o plasmodium falciparum. Ele causa a malária, que mata 2 milhões de pessoas por ano.
Importância dos Protozoários
Apesar de minúsculos, os protozoários têm grande importância para os seres humanos e demais animais. Milhões deles são encontrados nos oceanos e mares, onde servem de alimento para animais marinhos. Certos protozoários, como os foraminíferos, são revestidos por conchas pétreas. Quando esses animais morrem, seus corpos se acumulam no fundo dos oceanos e contribuem para a formação das rochas calcárias. Além disso, alguns grupos de Protozoários são utilizados na indústria médica.
Reportagem: " A relação Protozoários - Malária.
O lado positivo da malária: evitar uma superinfecção
Pesquisadores descobrem que a infecção pelo parasita da doença previne uma piora no caso de outras picadas
Isis Nóbile Diniz
Edição Online - 20/05/2011
Parasita no fígado, ao microscópio |
A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. A doença é típica de países tropicais onde as populações são carentes economicamente e quase não dispõem de sistemas de saúde. É o caso da África Subsaariana, região com alto índice de ocorrência da malária onde é comum governo e grupos assistenciais oferecerem às crianças suplementos alimentares para combater outros problemas como a desnutrição e a anemia. O grupo luso-brasileiro mostrou que esse suplemento, que deveria fortalecer a saúde, na realidade prejudica as crianças que foram infectadas várias vezes seguidas pela malária. Estas que recebiam ferro como suplemento alimentar apresentavam mais casos de “superinfecção” pela doença, um detalhe que intrigava os médicos e os cientistas até a pesquisa atual solucionar esse quebra-cabeça.
Utilizando camundongos, o grupo entendeu a forma como os parasitas da malária se desenvolvem nas células do fígado (hepatócitos) e nos glóbulos vermelhos. Após a picada do mosquito infectado, os parasitas migram para o fígado do indivíduo onde se multiplicam (fase hepática e assintomática da infecção). Em seguida, invadem os glóbulos vermelhos (fase sanguínea e sintomática). Em ambas as fases, os parasitas necessitam de ferro para se desenvolver e os da primeira infecção, já presentes nos glóbulos vermelhos, sequestram o ferro na circulação sanguínea impedindo que a substância seja abundante no fígado. Com isso, os parasitas da segunda picada, no fígado, têm menos ferro disponível e não conseguem se multiplicar. Como consequência, a segunda infecção é incompleta. Em outras palavras, o risco de a pessoa apresentar uma superinfecção é menor graças à primeira infecção.
“O trabalho é importante por ser um dos raros que aborda a fase hepática e sanguínea ao mesmo tempo, simulando uma situação de áreas endêmicas”, explica a veterinária Sabrina Epiphanio, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que colaborou com o estudo. Geralmente, os pesquisadores estudam separadamente cada fase da infecção por malária. Porém, quem vive em locais onde a doença ocorre é constantemente picado e contaminado por vários parasitas ao mesmo tempo.
“Este é o momento de reverem os programas destinados às crianças das áreas endêmicas”, alerta a veterinária. De acordo com a Sabrina, o ferro é o principal elemento usado para suplementação mineral, o que favorece a fase hepática da segunda infecção. “Se a criança estiver com anemia e ingerindo ferro, contrair malária poderá piorar seu estado de saúde”, afirma Sabrina. Há nove anos estudando a doença, o próximo passo da pesquisadora é identificar fatores que antecipem quando uma pessoa, com malária, terá a síndrome respiratória aguda. “Apesar da incidência baixa, ela é altamente relevante porque 70% dos que adquirem morrem”, lembra.
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